sexta-feira, 19 de junho de 2009

DE GIULIO SANMARTINI

Um inútil pusilânime


O senador José Sarney, em sua longa carreira sempre se mostrou fraco, oportunista e pusilânime. É uma vergonha para a história do Brasil tê-lo tido como presidente. Ao deixar o mandato, foi posto, pela porta dos fundos, para fora do Palácio do Planalto pelo facinoroso larápio Fernando Collor de Mello.


Mas melífluo como é, conseguiu pôr-se à sombra do não melhor presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tornando-se um de seus principais conselheiros e com o apoio deste chegou à presidência do Senado, pela terceira vez.


Surgem agora mais de 500 atos secretos que foram usados, seguindo a rotina enfadonha de mais um escândalo no Senado, uma casa que na segunda metade do século passado era considerada como símbolo de austeridade e honradez.


Numa tentativa desesperada de tirar o seu da reta, Sarney alegou não saber dos fatos e encerrou o assunto com uma pérola de imoralidade poucas vezes vista: "A crise do Senado não é minha. A crise é do Senado. É essa instituição que nós devemos preservar. Tanto quanto qualquer um aqui, ninguém tem mais interesse nisso do que eu, até porque aceitei ser presidente da Casa."


Todavia, o senador Epitácio Cafeteira (PMDB-MA) que nomeou em seu gabinete Fernando José e sua mãe Rosângela Terezinha, conseguiu superar seu conterrâneo em falta de honradez. Falando com jornalistas dos principais periódicos do país disse: “Eu devia favores ao Fernando (Sarney, o filho do presidente do Senado). Ele me ajudou na campanha. Eu era brigado com o Sarney e ele me ajudou na minha eleição".

Os jornalistas fingiram não compreender e insinuaram se essa não era uma espécie de pensão alimentícia à custa do senado, Cafeteira irritou-se.

“Eu contrato quem eu quero e não sabia que tinha que pedir autorização de vocês da imprensa."

O mal imperdoável desses políticos atuais, aliados de um governo que chegou com sue bando à Brasília, como se fossem uma nuvem de gafanhotos, foi ter transformado nos cidadão de bem o orgulho de ser brasileiro, numa profunda e dolorosa vergonha.

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